Disjuntor ou fusível, qual usar? Quais as diferenças?
Você conhece os tipos de fusíveis e disjuntores? Sabe qual a diferença entre fusível e disjuntor? Pensando nestas dúvidas o Mundo da Elétrica vai falar tudo sobre estes dois componentes de proteção, mostrando as principais aplicações e características. Então, vamos lá pessoal!
Fusível, o que é?
O fusível é aparentemente o dispositivo de proteção mais simples! A sua principal função é proteger o circuito elétrico contra uma sobrecarga ou um curto-circuito. Assim que o fusível identifica uma corrente acima da sua corrente de ruptura, ele rompe o seu filamento interno e secciona o circuito interrompendo o fluxo de corrente elétrica.
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A rapidez desta ruptura vai depender do valor e do tipo de fusível, pois a corrente de ruptura varia, ou seja, quanto maior a corrente de ruptura, mais rápido o fusível vai abrir.
Existem vários tipos de fusíveis! Na imagem abaixo você pode ver vários modelos do fusível NH, com capacidade variando entre 10 e 500A.
Nesta outra imagem destacamos um fusível diazed de 16A. E um fusível tipo cartucho de 2A que está em um porta fusível DIN.
Entenda que quanto maior a corrente que o fusível suporta, maior será o seu filamento e consequentemente, maior também será o corpo do fusível. Talvez você não saiba, mas dentro dos fusíveis existe uma areia especial, que tem a função de interromper o arco elétrico no momento em que o filamento é rompido.
Se você está entendendo bem até aqui, certamente já notou que quanto maior a corrente, mais areia vai ser usada para que este arco não afete o sistema.
Fusível: Aplicações
São muitas aplicações para os fusíveis! Eles são usados frequentemente nos comandos elétricos nas indústrias, por exemplo, para a proteção individual das fases. O fusível também é usado para a proteção dos semicondutores, nos carros e em alguns equipamentos elétricos.
A grande desvantagem dos fusíveis é que eles são componentes descartáveis! Portanto, assim que são acionados eles não podem ser reutilizados, porque não existe recomposição do filamento interno depois que ele se rompe.
Manutenção nos fusíveis
Alguns fusíveis são bem simples e a sua troca ou manutenção é muito básica! Entretanto, existem alguns tipos de fusíveis que são bem complexos para manusear como por exemplo, o fusível NH.
A manutenção do fusível NH deve ser feita com o uso de uma luva saca fusível como esta da imagem abaixo. Este acessório é o equipamento de proteção correto para a retirada de fusíveis em baixa tensão. O seu uso é indispensável por causa da isolação de até 1000V, além de oferecer o encaixe perfeito para os dois tamanhos de fusíveis NH.
Quando você calça essa luva, vai notar que na parte de dentro existe uma espécie de gatilho, que quando apertado libera a trava para o encaixe no fusível NH.
O próximo passo é encaixar as travas no fusível, soltar o gatilho e quando o fusível estiver bem preso é só puxá-lo para retirar, assim como podemos ver abaixo.
Lembre-se de utilizar sempre de usar EPI. Para este tipo de trabalho os equipamentos de proteção individual mais utilizados são os óculos, capacete, balaclava para eletricista e também o protetor facial.
Outro detalhe muito importante, é que você nunca deve retirar fusíveis com o circuito energizado. O risco de formação de arco elétrico no contato entre o porta fusível e o fusível enquanto está sendo retirado é altíssimo.
Disjuntor, o que é?
Também vamos falar do disjuntor, que também é um dispositivo de proteção assim como os fusíveis. O disjuntor basicamente é um interruptor, que desarma automaticamente quando identifica um curto-circuito ou sobrecarga.
O disjuntor é projetado para suportar uma determinada corrente elétrica! Sendo assim, caso ocorra um pico de corrente ou um curto circuito acima do limite do disjuntor, a função do disjuntor é interromper automaticamente o circuito, protegendo todos os elementos do circuito.
A grande diferença entre o disjuntor e o fusível é justamente a reutilização! Quando o disjuntor atua, ele pode ser rearmado para dar continuidade no funcionamento deste circuito. Enquanto isso, o fusível deve ser descartado e substituído por um novo.
Disjuntor: Aplicações
O disjuntor é utilizado para proteção contra curto-circuito e sobrecarga, mas os disjuntores também podem ser usados como dispositivos de manobra. Caso você não saiba, é possível efetuar o fechamento e a abertura do circuito de forma voluntária.
O disjuntor residencial pode ser monopolar, bipolar ou tripolar. O dimensionamento do disjuntor deve observar o seu valor de corrente, além das curvas características que podem ser B, C ou D.
Os disjuntores estão presentes no padrão de entrada, que é chamado de medidor de energia elétrica. Também são utilizados nos quadros de distribuição de circuitos (QDC) e em comandos elétricos.
Se você entendeu tudo até aqui, certamente já sabe que tanto os disjuntores, quanto os fusíveis possuem modelos variados de acordo com a sua devida aplicação. Sendo assim, é fundamental observar qual é a corrente nominal, curva de ruptura, tensão de operação, formato e muitos outros fatores!
Em alguns casos você vai encontrar a utilização em conjunto do fusível e do disjuntor, onde cada componente irá promover a sua proteção determinada. Vamos exemplificar isso para facilitar o entendimento.
Imagine um circuito onde o disjuntor pode proteger contra sobrecarga e o fusível em série pode proteger contra curto-circuito, atuando de forma mais rápida. Com isso, a atuação conjunta garante o melhor funcionamento de cada detalhe do circuito.
Quer aprender mais sobre os fusíveis? Deixamos abaixo um vídeo que mostra todos os detalhes deste importante componente de proteção, vale muito a pena assistir!
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Sobre o autor
Eletricista desde 2006, Henrique Mattede também é autor, professor, técnico em eletrotécnica e engenheiro eletricista em formação. É educador renomado na área de eletricidade e um dos precursores do ensino de eletricidade na internet brasileira. Já produziu mais de 1000 videoaulas no canal Mundo da Elétrica no Youtube, cursos profissionalizantes e centenas de artigos técnicos. O conteúdo produzido por Henrique é referência em escolas, faculdades e universidades e já recebeu mais de 120 milhões de acessos na internet.
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